Escrito por Leopoldo Antonio de Oliveira Neto
Líderes
bem sucedidos, vistos como integradores de sistemas corporativos, coordenam
seus seguidores com objetivo de garantir as entregas esperadas:
· adaptam, modificam, ajustam e reorganizam interfaces de funções e
tarefas complexas sempre que necessário;
· integram os resultados de sua área de atuação com os resultados das
demais áreas da organização
· lideram pelo exemplo, tendem a trabalhar muito e a demonstrar alta
resistência ao estresse
· são conscientes de suas falhas, tendem a se rodear de pessoas
competentes que podem preencher suas lacunas.
Os
líderes empresariais de sucesso passam a ser aqueles que reconhecem que as
pessoas são o recurso mais importante da empresa e que o capital humano deve
ser desenvolvido como tal.
Cada
vez mais percebem que devem agir mais como treinadores e não como chefes
tradicionais, abrindo mão do controle para obter resultados. Essa perspectiva
derruba a barreira que separa gerência e liderança, vendo os líderes como
pessoas reais, como gerentes que administram buscando o consenso.
Um
líder comprometido, que verdadeiramente incorpore uma perspectiva de liderança
educadora, terá melhor chance de vencer.
Líderes
criam, modelam e remodelam a cultura. Fazem isso conscientemente, ensinando
sistematicamente e desenvolvendo valores inerentes à sua perspectiva educadora.
Eles
observam a realidade com os valores vigentes e decidem:
· que valores atuais são ainda úteis e devem ser mantidos?
· quais são prejudiciais para o alcance dos novos planos e devem ser
abandonados?
· que novos valores precisam ser acrescentados?
Assim
estarão construindo bases para uma liderança educadora** Cardwell, N.; Tichy,
N.M., Feitas para o sucesso: Como grandes líderes ensinam suas empresas a
vencer. Rio de Janeiro: Campus, 2003 Bennis (faltou referência, buscar com
professor) identificou como características de 90 executivos bem sucedidos,
presidentes de empresa ou do conselho de administração e líderes com altos postos
no setor público:
Atenção
através da visão: programa de trabalho, interesse profundo por resultados,
visões e intenções fortes que atraem as pessoas.
· Significado através da comunicação: comunicação que cria significado
para as pessoas, de forma que elas se alinham em apoio às metas abrangentes da
organização, transmitindo as mensagens de forma inequívoca a cada nível.
· Confiança através do posicionamento: implica em responsabilidade final,
previsibilidade, segurança.
· Autoconsideração positiva, relacionada à sabedoria emocional,
contagiosa e que cria nos outros o senso de confiança: os lideres sabem o que
valem, confiam em si próprios, sem permitir que seu ego ou imagem se interponha.
Reconhecem seus pontos fortes e compensam os pontos fracos. Conservam-se
trabalhando e desenvolvendo os próprios talentos, nutrindo suas habilidades com
disciplina. Têm capacidade para discernir o ajustamento entre suas habilidades
percebidas e o que o cargo exige. Estes líderes, a partir de sua
autoconsideração positiva induzem uma autoconsideração positiva em seus empregados.
Estes
líderes demonstram fazer uso de 5 habilidades relacionais primordiais:
· Capacidade de aceitar as pessoas como elas são, não como gostariam que
fossem.
· Capacidade de abordar relacionamentos e problemas em termos do
presente e não do passado – aprender com o passado sim, mas não repisar sobre o
passado.
· Capacidade de tratar os que estão pertos com a mesma atenção cordial que
concede a estranhos e a pessoas que conhece casualmente.
· Capacidade de confiar nos outros, mesmo quando o risco parece grande.
· Capacidade de agir sem a aprovação e o reconhecimento Bennis observa
que a qualidade mais marcante dos líderes estudados talvez seja a maneira pela
qual respondem ao fracasso.
Eles
colocam todas as suas energias em suas tarefas.
Simplesmente
não pensam em fracasso, nem usam a palavra, preferindo recorrer a sinônimos
como engano, confusão, erro.
O que
parece prevalecer nesses 90 líderes é uma feliz fusão entre trabalho e
divertimento.
Bennis
os compara com o arqueiro Zen que desenvolve suas habilidades até o ponto em
que o desejo de atingir o alvo se extingue e homem, seta e alvo se tornam
componentes indivisíveis do mesmo processo.
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